Comum Quimérico

Comum Quimérico

Millôr Fernandes

Depois de dois anos de trabalho o fotógrafo paulista Boris Kossoy me trás seu livro pronto: Viagem pelo Fantástico. É uma coleção de fotografias surpreendentes, reproduzidas com extremo cuidado num livro de alto luxo, texto trilingüe. A Viagem não tem palavras mas se divide em dez capítulos (contos?): A mulher e a cidade, Cenas num Parque, Aeroporto, A estrada de Ferro, A Montanha, O Viaduto, cenas numa casa, Poder Mágico, O Maestro e Outros tempos, que se entrelaçam (um romance?) ligando-se umas às outras por detalhes ou figuras que são fantásticos ou agem no fantástico. Diz P. M. Bardi, diretor do Museu de Arte de São Paulo, apresentador do livro: “…personagens humanos e fabricados à procura da paz que não encontram, submetidos a circunstâncias incongruentes e excepcionais. Casos do externo proibido (…) casos dos esconderijos em que o homem maltrata a rotina praxe de todos e dele mesmo”. Uma estranha e empolgante curtição.

FERNANDES, Millôr. Comum Quimérico. Rio de Janeiro, Pasquim, 1971, pp. 29.

 



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